quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TEXTO PARA REFLEXÃO


Achei esse texto nos meus arquivos de estudo, é interessante como um mesmo produto repercute em diferentes culturas, porém, exibido de formas diferentes.

Quanto ao Brasil, infelizmente mostra que ainda é um país carente de conhecimentos, sendo que a minoria do povo brasileiro é a mais esclarecida.

 
Propaganda emotiva atrai brasileiros

A globalização de produtos e da comunicação publicitária esbarra em aspectos culturais de cada país. Saber que brasileiros e mexicanos tem uma melhor resposta a campanhas sentimentais, enquanto os consumidores da China e da Índia preferem um roteiro mais racional de um filme, por exemplo, pode ajudar, e muito, na hora de criar uma identidade global para determinado produto.

"As diferenças culturais influenciam o desempenho da propaganda. É importante conhecer essas diferenças para fazer os ajustes necessários", diz Valkiria Garré, diretora-executiva da Millward Brown Brasil, instituto de pesquisas do grupo Ibope especializado em metodologias para auxiliar na construção e manutenção de marcas. Ontem, a executiva apresentou o estudo "Comunicação Global - Como as diferenças culturais impactam a performance da propaganda" no 3º Congresso Brasileiro de Pesquisa, que teve início na terça-feira dessa semana e termina hoje.

A pesquisa, realizada em dez países (Brasil, Argentina, México, Chile, Inglaterra, Espanha, África do Sul, China, Índia e EUA) identificou comportamentos distintos entre as diversas nacionalidades. Na América Latina, por exemplo, o apelo emocional nas campanhas publicitárias é maior do que no resto do mundo. Na Ásia, a abordagem racional é a mais freqüente. "O Brasil e o México são regidos pela emoção. São povos que cobram menos informação no anúncio", diz. Os vizinhos Argentina e Chile, no entanto, não são tão sentimentais assim. "São consumidores mais críticos e politizados."

Comportamentos distintos foram encontrados nos países de língua inglesa. Nos EUA, os anúncios diretos, mais informativos e óbvios atingem o consumidor de forma mais efetiva. Na Inglaterra, o que conta é a irreverência. Na Índia e na China - que passam por um momento de mudança, com uma invasão de novos produtos, muitos deles ocidentais -, os consumidores preferem uma comunicação direta, racional e informativa. "Esses consumidores estão sendo bombardeados por publicidade. Ou seja, a comunicação tem que ser simples", diz Valkiria. Nesse dois países, um grande aliado dos publicitários são as celebridades. "Principalmente na Índia, as celebridades são levadas muito a sério. Elas têm o papel de endossar o produto", diz.

A Unilever usou parte do conhecimento desenvolvido pela Millward Brown para desenvolver sua campanha global para a marca de sabonete Lux (na variação Lux Brilho). A campanha foi ao ar em 2007 e deu início a um reposicionamento da marca com o intuito de criar uma identidade global para a Lux - a idéia global da campanha foi criada na Unilever do Brasil e adaptada nos outros países.

As adaptações da campanha são visíveis. No Brasil, o filme era um desenho. Já nos filmes veiculados na China e na Índia, uma parte do desenho se mantém. Mas as celebridades incrementam o anúncio. "As consumidoras se reconhecem nessas celebridades", explica Karina Meyer, gerente de pesquisa skin cleansing e oral care para a América Latina da Unilever.

Fonte: Valor Econômico


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